Os constantes escândalos envolvendo dinheiro público, sobretudo, da
SAÚDE, tem colocado o Brasil inteiro em estado de alerta. A sociedade
não é indiferente a todos esses desmandos que vem ocorrendo em vários
estados brasileiros, de forma nacional. E a nossa SAÚDE? Está em crise.
Diante dessa realidade e dos diversos abusos, no repasse de recursos aos
Agentes de Saúde e a sua situação com aprecariedade de seus salários,
vindulos de trabalho e condições laborativas, por exemplo, a Mobilização
Nacional dos Agentes de Saúde - MNAS, propõe uma Grande Mobilização
Nacional, a ser realizado no dia 07 de abril, que é o Dia Mundial da
Saúde. A proposta é realizamos uma grande ação sincronizada, ou seja,
agentes comunitários de saúde, agentes de combate às endemias,
auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem e enfermeios de todo o
país estarão se manifestando diante dos entes públicos, especificamente
da saúde.
Tudo será feito por meio da internet. Iremos indicar previamente as
ferramentas que receberão as nossas ações, especificamente, ligadas as
secretarias de saúde dos municípios, estados e Ministério Federal. Focaremos sites,
blogues, twitter, facebook etc. Tudo isso ocorrerá em um só dia. Além
dessa ação, estaremos enviando artigos, matérias, mensagens via
micro-blog aos jornais e revistas. "
A ação será direcionada principalmente às mídias sociais. A ação não se
limitará apenas a esse dia. Essa data marca o início da manifestação que
serão retomadas em datas pré-determinadas, até o próximo período
eleitoral (no final de 2014). Para iniciar a ação a MNAS contará com os
seus milhares de amigos do Facebook, com centenas de milhares de
seguidores no Twitter e de diversos outros meios interativos.
A realidade dos agentes de saúde, no Brasil, é conhecida sob dois
prismas. Um deles está relacionado aos resultados do trabalho dos
profissionais que realmente trabalham. Tais resultados têm sido
extremamente exitosos. Não poderia ser diferente, quando laboramos com o
nosso potencial a tendência é bons resultados. Seria diferente se nos
acomodássemos e fizéssemos de conta quer laboramos. Se fôssemos
negligentes com as nossas obrigações.
O segundo prisma, e infeliz, tem relação com a ausência de qualidade dos
meios de trabalho. A precariedade do vínculo de trabalho, que ainda
envolve mais de 40% da categoria, aproximadamente, é algo que beira o
absurdo relacionado ao gênero. Os baixos salários, a falta de
equipamento de protenção individual (EPI). Sem falar dos recursos
desviados pelas gestões. Valores que são repassados pelo Ministério da
Saúde e que, infelizmente, não chega até os agentes. Em detrimento com
essa realidade nos deparamos com gestores afirmando que não dispõe de
recursos, contudo, é notório que tais recursos são garantidos aos
agentes e repassado diretamente para os cofres das municipalidades. A
incompatibilidade do que argumenta, por exemplo, a Confederação
Nacional dos Municípios – CNM, que responsabiliza os trabalhadores na
tentativa de ocultar as falhas e desvios cometidos pelos maus prefeitos
de nosso país.
Em relaçãos aos auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem e
enfermeiros temos a incompatibilidade da jornada de trabalho. Enquanto a
jornada de trabalho no serviço público é de 30 horas, na iniciativa
privada o profissinal é explorado como escravo. Tal situação faz com que
haja diminuição do potencial laborativo, consequentemente reduzindo a
qualidade dos serviços prestados a população mais carente de nosso país,
que precisa dos servidores públicos da saúde.
Só os agentes de saúde do Brasil, são mais de 320.000 trabalhadores,
distribuídos por mais de 5.100 municípios, apoiados pela sociedade de
forma ampla. Os auxiliares de enfermagem, técnico de enfermagem e
enfermeior, só no estado de Pernambuco, somam mais de 48.000 mil
profissionais. Um exemplo do tamonho da ação programada para o dia 7 de
abril.
Para que Grande Mobilização Nacional alcance os seus objetivos, se faz
necessário que os maiores interessados (agentes de saúde, auxiliar de
enfermagem, técnicos de enfermagem e enfermeiros) “vistam essa camisa.”